Sábado, 25 de maio do 13
Um cigarro, um banho e uma laranja
15:59 ~ 16:39
Em seguida, a carta que veio a seguir (para NS):
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Fomos ensinados também por nós mesmos a guardar rancor dos amores que não mais são das mãos não mais juntas
é o egoísmocentrismo que tudo bem
é a falta de saber de si
é a minha frustra-indig-nação por ti estar com outros e não comigo em 2009-10 e eu aprendia do amor, jurando saber já tudo
Mas a gente pouco sempre sabe.
Um armário e gavetas e ao abrir a gaveta debaixo da direita o que se busca não está lá e talvez nem exista e olhando agora nem a gaveta existe
pois muitas vezes o que se busca é uma ideia um sentimento
e não um objeto
busca-se uma referência concreta nos escombros que são a mente
de tudo um texto de todos um tanto
Hoje fui acordei tarde perdi semi-propósito um horário pra estudar anatomia e dormi das 04 da manhã às quase 11
(essa auto-negligência me incomoda, vou ter de tomar atitudes ou nada acontece)
Saí para uma lotérica e o pai da Giorgina na mente.
Ele ia me matar. A qualquer momento.
Ele tem um revólver na minha mente e é o pai o irmão o amigo
É ela própria que me encontra armada sob a sombra duma árvore ao lado de três outras quatro árvores serradas fora
pra não incomodar os cabos os fios-postes elétricos
e eu digo "Giorgina não tem outro jeito"
e ela "Corte sua mão direita fora"
e eu nego
e não sei se ela atira
A visão me acompanha escada acima e vira tinta
e deságua num caderno
e tudo bem.
Um tempo atrás eu quebraria mais a cabeça pra entender os medos receios
Nos últimos dias escrevo e é assim:
{a engrenagem mental quer girar os mecanismos da mim.mente
um receio não deixa
e trava nisso e os dias seguem e continua travado, a mente vai pra outro lado mas ainda há algo emperrado na escuridão
MAS se transmuto o receio em pilha bateria
e movo com tal fôrça a caneta na página
giragigira estrelas faíscas
e o receio deixa de ter esse rótulo falso e se mostra vida}
Ao fim da meditação vi o espírito com cabeça de pirâmide que pintei na parede com a mão aflita e o acariciei a cabeça e o côrpo. Ele só me olhava com seu um-olho só e não interagia muito. Recolhi seu corpo ao interior da pirâmide e coloquei-a sobre a cabeça como chapéu que é. Mas era falsa pois puras trevas.
Com um toque da minha mão desmudou em preto e branco
e preto e branco e preto e branco em movimento...
Meu Deus, por que é que a gente violenta tando a própria imaginação?
Se tudo o que é real veio antes do próprio ser...
Mas uma repressão gera outra repressão que gera outra repressão e
tojolotijolo
o que poderia ser uma pirâmide interior se faz hospício
(ou malleus maleficarum)
Erros enganos
julgamentos
entendimentos
humanos
demais
que
chegam
normais
Um beijo e ambas as mãos e os beijos,
M